E AGORA SR. PRESIDENTE?
O Exmo. Sr. Presidente da Republica, mais uma vez, brindou os portugueses com um dos seus belos discursos, onde apesar de reconhecer a razão das palavras por si proferidas, continua a faltar a alma do discurso. E como todos sabem, um discurso seco não empolga multidões, quanto mais um povo já de si adormecido pelo desânimo e que continua à espera de ver chegar, em dia de nevoeiro, um D. Sebastião de espada em punho, preparado para expulsar os traidores da pátria. A esse povo eu digo que não vale a pena esperar por algo que nunca virá e que devemos ser sós próprios a assumir esse papel.
Mas gostaria de me focalizar no discurso do Exmo. Sr. Presidente da Republica.
Nesse discurso, onde mais uma vez eu afirmo reconhecer-lhe a razão das palavras, o nosso Presidente faz um apelo aos jovens, para que estes retomem à agricultura, e ao actual governo, para que crie as condições a esse regresso. Ou seja... que sejam as gerações actuais a resolver os erros por ele cometidos nos tempos em que ele era Primeiro Ministro. Erros esses que ainda não o ouvi assumir... talvez porque o papel de Presidente da Republica esteja limitado pela Constituição para assumir tal coisa.
Mas agora coloca-se o seguinte problema:
- Como vamos nós convencer essa geração a regressar aos campos, cujos sonhos foram “alimentados” com outras ambições profissionais ao mesmo tempo que lhes era incutido no espírito uma mensagem de que só trabalha a terra quem falha na vida... os incapacitados para ir mais além.
Vai ser difícil e provavelmente corremos o risco de termos em mãos, não uma geração à rasca, mas sim uma geração perdida. Torna-se portanto urgente investir os poucos recursos que ainda nos restam na geração seguinte e esperar que seja ela a retomar as actividades que nunca devíamos ter abandonado.
J. Cristo e Moisés
Publicado no grupo do facebook: Movimento Atitude Portugal
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